Domingo, 17 de janeiro de 2021, um dia histórico: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova o uso emergencial de dois imunizantes contra a Covid-19 no Brasil. A tão esperada vacina chegou e esse pode ser o primeiro passo para superarmos a pandemia.
O início das campanhas de vacinação foi marcado por belas fotografias e discursos, mas tem como pano de fundo uma forte onda de desinformação que cerca as vacinas contra a Covid-19 — porque cerca, na verdade, toda a pandemia e, em uma escala maior, a sociedade em que vivemos.
Não seria diferente entre os povos indígenas. Nas aldeias, a desinformação chegou antes do imunizante. A avaliação entre especialistas é de que a campanha antivacina atrasa a imunização entre indígenas, que fazem parte do grupo prioritário segundo o Ministério da Saúde.
Lideranças indígenas denunciam que missionários evangélicos e negacionistas pró-Bolsonaro estão por trás da rede de desinformação, que usa o WhatsApp como a principal ferramenta.
Além disso, uma das maiores preocupações das lideranças é a não-inclusão de indígenas em contexto urbano nas primeiras fases do plano nacional de imunização.
À agência Amazônia Real, a presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Nara Baré, destacou que nem todos os povos indígenas foram incluídos no planejamento nacional: “Disseram que os povos indígenas estão no grupo prioritário. Não estão”.
Em quase um ano de pandemia, de acordo com os dados do Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena, mais de 46 mil indígenas foram contaminados pela Covid-19 e 929 faleceram em decorrência da doença, afetando diretamente 161 povos em todo o Brasil.
A vacina, portanto, através da imunização em massa, vai ajudar a combater a disseminação do coronavírus sobretudo nos grupos mais vulneráveis, como dos indígenas.
Boa notícia
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[Extra]
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