#2 desastre pós-pandemia
Eu sei que parece repetitivo, mas essa semana vamos falar mais uma vez sobre desmatamento. As queimadas podem voltar a todo vapor, mesmo enquanto 85% dos brasileiros acredita que o meio ambiente deve ser prioridade no plano de recuperação do país.
Cenário de desastre na Amazônia
Um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) indica que há uma área desmatada de pelo menos 4,5 mil km² que pode ser queimada este ano. Quatro estados concentram 88% dessa área: Pará (com 42% do total), Mato Grosso (23%), Rondônia (13%) e Amazonas (10%).
Segundo o estudo, cerca de 45% da área desmatada em 2019 ainda não foi queimada. A área geográfica é equivalente a três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
“Se tudo virar fumaça, a região pode enfrentar estado de calamidade pública na saúde devido a sobreposição de queimadas com pandemia de Covid-19, o que sobrecarregará ainda mais a rede saúde já em colapso nos atendimentos à população”, diz o estudo.
Detalhe: Pelos cálculos dos cientistas, se o ritmo acelerado de desmatamento continuar nos próximos meses, um total de quase 9 mil km² poderá virar cinzas.
Saiba mais no estudo completo ou na reportagem da agência Amazônia Real
(Foto: Katie Maehler/Mídia Ninja)
Prioridade pós-pandemia
Uma pesquisa internacional de opinião do Instituto Ipsos divulgada na semana passada indica que, para 85% dos brasileiros, a proteção do meio ambiente deve ser uma prioridade do governo no plano de recuperação do país pós-pandemia da Covid-19.
Em outro ponto questionado, 85% dos entrevistados responderam que acreditam que problemas como degradação ambiental, poluição, desmatamento e mudanças climáticas representam uma séria ameaça à saúde.
Confira os detalhes da pesquisa na íntegra ou na publicação do Amazonas Atual.
[EXTRA]
Bancos britânicos ajudavam empresas brasileiras ligadas com o desmatamento - Portal UOL
Justiça determina medidas para garantir direitos de indígenas do Amapá e norte do Pará durante a pandemia - Amazônia Brasil
ESTA SEMANA
O Tribunal de Justiça de Rondônia marcou para esta segunda-feira (15) o início do julgamento dos envolvidos na Operação Deforest, deflagrada em outubro de 2019 pela Polícia Federal. Dentre os réus está Chaules Volban Pozzebom, considerado o maior desmatador da floresta amazônica.
Segundo a investigação, Pozzebom seria proprietário de cerca de 120 madeireiras espalhadas pela região Norte, que estariam registradas em seu nome ou de laranjas.
Vale acompanhar.
Antes de ir…
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Bem, por hoje é só. Até semana que vem!